Hackers chineses estão sabotando infraestruturas importantes na Austrália, alerta chefe de espionagem | Notícias do mundo
Hackers que trabalham para os militares e o governo chinês têm investigado a principal infraestrutura e rede de telecomunicações da Austrália, alerta o chefe da espionagem.
Mike Burgess, diretor-geral de segurança da Organização Australiana de Inteligência de Segurança, alertou que os australianos poderiam ter seus fornecimentos de água e eletricidade cortados, bem como extensos problemas bancários se os hackers conseguissem causar uma interrupção generalizada nas telecomunicações.
“Os governos estrangeiros têm neste momento equipas de elite que investigam estas possibilidades”, insistiu Burgess.
No entanto, ChinaO Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido acusou a declaração de Burgess de espalhar narrativas falsas.
O alerta demonstra a dificuldade enfrentada pelo primeiro-ministro australiano Antonio Albanês na tentativa de manter a China economicamente próxima, ao mesmo tempo que tenta mitigar as preocupações de segurança.
Burgess disse que a espionagem custou ao país 12,5 mil milhões de dólares australianos (6,2 mil milhões de libras) no ano passado, incluindo milhares de milhões em segredos comerciais e propriedade intelectual.
Em particular, ele destacou as atividades dos grupos de hackers chineses Salt Typhoon e Volt Typhoon.
Ele destacou como Salt Typhoon já havia penetrado nos sistemas de telecomunicações dos EUA com a intenção de interromper as operações e pré-posicionar para potencial sabotagem.
Burgess também alertou que as empresas australianas poderiam ser prejudicadas como concorrentes comerciais ou que as eleições poderiam ser afetadas.
Autoridades chinesas fizeram reclamações ao governo australiano e ao setor privado sobre ASIO sempre que ele falava
publicamente sobre a China, disse Burgess durante um discurso na semana passada. “Isso não vai impedir minha determinação”, disse ele.
Não é a primeira vez que alarmes são disparados
As preocupações surgiram em Camberra, em Fevereiro, depois de navios de guerra chineses realizarem exercícios de fogo real com aviso mínimo no Mar da Tasmânia.
As autoridades australianas só ouviram falar dos exercícios quando um piloto comercial da Virgin Australia notificou a Airservices Australia.
Os exercícios resultaram em 49 voos que tiveram que mudar de rumo.
Share this content:



Publicar comentário