Morgan Rogers: O meio-campista inglês é o garoto-propaganda da estratégia de Tuchel justificada
Thomas Tuchel pode ter expressado publicamente descontentamento com os torcedores ingleses após a enfática vitória em Wembley sobre o País de Gales, mas o desempenho de seus jogadores o deixou sentindo apenas o calor da vingança.
Tuchel deu um veredicto altamente crítico e incomumente contundente de qualquer treinador na direção de seus próprios torcedores “silenciosos” depois que uma caminhada de 3 a 0 foi efetivamente encerrada nos primeiros 20 minutos.
Foi, no entanto, mais uma mensagem transmitida pelo seleccionador alemão que terá um significado mais amplo à medida que a Inglaterra ganha impulso rumo ao Campeonato do Mundo do próximo Verão.
As palavras de Tuchel foram muito além das ondas de choque que receberam a exclusão de Jude Bellingham quando ele nomeou sua última seleção da Inglaterra.
Ele deixou bem claro que o sistema estelar da Inglaterra havia acabado, que os jogadores com posse de bola poderiam consolidar suas posições pelo simples peso das atuações, e que os maiores nomes não garantiam mais uma convocação automática.
A vitória da Inglaterra no amistoso de Wembley deve ser colocada no contexto dos adversários galeses, com os olhos aparentemente fixos no jogo vital de qualificação para a Copa do Mundo contra a Bélgica, na segunda-feira, mas esta ainda foi uma noite de grande satisfação para a estratégia de Tuchel.
Tuchel deixou claro que está escolhendo uma seleção da Inglaterra, não indivíduos. Ele ainda afirmou: “Não estamos colecionando os jogadores mais talentosos. Estamos tentando construir uma equipe. As equipes ganham troféus, mais ninguém”.
O status de superestrela de Bellingham significava que a escolha de Tuchel estava repleta de riscos, embora tenha sido moldada pelo bom senso, já que ele havia começado apenas uma partida pelo Real Madrid, após uma cirurgia no ombro.
Ele pode ter desejado ser incluído, mas desta vez Tuchel ficou feliz em ficar sem Bellingham, mantendo a fé nos jogadores que produziram o melhor resultado e desempenho de seu reinado ao vencer por 5 a 0 a Sérvia nas eliminatórias para a Copa do Mundo em Belgrado.
E, para adicionar ainda mais credibilidade ao processo de tomada de decisão de Tuchel, o melhor jogador da Inglaterra contra o País de Gales foi Morgan Rogers, do Aston Villa, destacando-se no papel de número 10 do Bellingham, como fez em Belgrado.
Rogers, com base nos últimos dois jogos da Inglaterra, está rapidamente se tornando o garoto-propaganda da nova identidade que Tuchel deseja criar.
E se a medida de Tuchel for aplicada, a camisa da Inglaterra agora será perdida por Rogers, com mais uma oportunidade de consolidar sua vaga contra a Letônia, em Riga, na terça-feira.
Share this content:
Publicar comentário