O ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro ‘tentou abrir a tornozeleira eletrônica’ com ferro de solda em ‘tentativa de fuga’, alegam documentos judiciais | Notícias do mundo

Jair Bolsonaro comes to the door during his house arrest in Brasilia on Friday. Pic: Reuters

O ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro ‘tentou abrir a tornozeleira eletrônica’ com ferro de solda em ‘tentativa de fuga’, alegam documentos judiciais | Notícias do mundo

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi preso após supostamente tentar abrir sua tornozeleira eletrônica com um ferro de solda na tentativa de fugir e evitar a pena de prisão, de acordo com documentos judiciais.

O Supremo Tribunal Federal do Brasil ordenou a detenção de Bolsonaro, que foi condenado a 27 anos de prisão em setembro por liderar uma tentativa de golpe após perder as eleições de 2022, na manhã de sábado.

O homem de 70 anos – que estava em prisão domiciliar – foi levado para a sede da Polícia Federal do país, na capital, Brasília.

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A sede da Polícia Federal em Brasília, onde Bolsonaro está detido. Foto: Reuters

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que supervisionou o caso, disse em sua decisão que a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro, que ele usa desde julho após ser considerada um risco de fuga, foi adulterada na manhã de sábado.

De acordo com os autos, a tornozeleira eletrônica apresentava “sinais claros e significativos de mau funcionamento”, com marcas de queimadura ao seu redor.

“Essa informação mostra a intenção do condenado de quebrar o monitoramento do tornozelo para garantir o sucesso de sua fuga, o que seria facilitado pela confusão que seria causada por uma manifestação organizada por seu filho”, afirmou.

Os advogados de Bolsonaro negaram as alegações da tornozeleira em um comunicado.

De Moraes acrescentou que havia uma chance de Bolsonaro fugir para uma embaixada em seu bairro para solicitar asilo político. O ministro também fez referência a outros réus do caso golpista que deixaram o Brasil para evitar a prisão.

O painel do Supremo Tribunal que julga o caso de Bolsonaro votará a ordem do juiz em sessão extraordinária na segunda-feira.

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Um trompetista toca uma marcha fúnebre em frente à sede da polícia para comemorar a prisão. Foto: AP

De Moraes mencionou em sua decisão um vídeo publicado esta semana pelo senador Flavio Bolsonaro, um dos filhos do ex-presidente, no qual ele incentivava seus apoiadores a saírem às ruas.

“O vídeo estimula o desrespeito ao texto constitucional, à decisão judicial e às instituições (democráticas), mostrando que não há limites para a organização criminosa na sua tentativa de criar o caos e o conflito neste país, num total desrespeito à democracia”, escreveu De Moraes.

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Apoiadores de Bolsonaro têm se manifestado em frente à sede da polícia. Foto: AP

Espera-se que alguns dos apoiadores de Bolsonaro, que afirmam que ele está sendo perseguido politicamente, se reúnam em frente à sede da Polícia Federal.

Bolsonaro foi colocado em prisão domiciliar no início de agostosemanas antes de ser condenado em seu julgamento por golpe. Seus advogados estavam implorando ao Supremo Tribunal do Brasil para mantê-lo em casa para cumprir sua pena, alegando sua saúde debilitada.

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A mídia local informou que Bolsonaro, presidente do Brasil de 2019 a 2022, deveria começar a cumprir sua pena na próxima semana, depois de esgotar todos os recursos contra sua condenação.

Bolsonaro e vários de seus aliados foram condenados por um painel de juízes da Suprema Corte por tentarem derrubar a democracia brasileira após sua derrota eleitoral para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro negou irregularidades.

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