Coluna de Matt Dawson: ‘Fin Smith é o zagueiro número um da Inglaterra’
Fin Smith apresentou, sem dúvida, a melhor exibição defensiva que vimos de um zagueiro inglês em vários anos.
A maneira como ele se destacou ao fazer ataques consistentes contra um time físico de Fiji foi impressionante.
A sua gestão de jogo também foi imensa – mostrou um excelente equilíbrio entre delicadeza e controlo, e tomou algumas decisões fortes quando as coisas não correram como planeado na primeira parte.
Sua capacidade de acalmar a equipe estrategicamente e tomar grandes decisões é algo que ele realmente acertou em cheio.
Na minha opinião, Fin Smith é o zagueiro número um da Inglaterra e deve ser titular contra a Nova Zelândia na próxima semana.
Acho que o técnico Steve Borthwick também vê as coisas dessa forma, porque Fin provou que pode atuar em grandes partidas de teste.
George Ford foi titular no último sábado contra a Austrália por motivos de liderança, e parte dessa decisão foi dar continuidade e recompensar sua forma na turnê pela Argentina.
Mas o desempenho da Inglaterra contra Fiji foi um avanço significativo em relação ao desempenho contra a Austrália.
Os Wallabies perderam na Itália no sábado, então não devemos nos deixar levar por essa vitória, que deveria ter sido por uma margem maior, dado o quão fora do ritmo a Austrália estava.
Fiji, por outro lado, eram muito mais ameaçadores e representavam um desafio muito mais difícil.
Fin Smith ainda tem apenas 23 anos – olhando para os próximos dois anos, com Ford desafiando-o, mas também oferecendo apoio, acho que Fin estará em uma posição muito forte como jogador.
Marcus Smith também deve ser considerado uma opção no momento certo e contra a oposição certa.
Ele está se desenvolvendo como jogador e começando a se reerguer, mas também precisa de liberdade para mostrar suas qualidades únicas.
A Nova Zelândia trouxe Damian McKenzie, que marcou o tento decisivo para vencer a Escócia, e isso mostra a importância de ter jogadores que possam causar um verdadeiro impacto no banco.
Esse tipo de presença pode ser a diferença entre vencer ou não uma Copa do Mundo.
McKenzie observa o desenrolar do jogo do banco e pensa em como pode fazer a diferença ao entrar. Sua tomada de decisões e taxa de erros melhoraram significativamente desde o início de sua carreira.
Se conseguirmos que Marcus seja esse tipo de jogador impactante, então tê-lo na defesa pode ser valioso.
Porém, no momento não creio que Marcus seja a resposta como lateral, então essa é uma posição que ainda está em disputa.
Os All Blacks vão chutar para desafiar a defesa da Inglaterra, por isso tem que ser estanque.
É uma posição que precisa de se tornar uma verdadeira força, tanto defensivamente como em termos de ameaça de contra-ataque.
Neste momento, não creio que Marcus seja um lateral ao mais alto nível. Eu me esforço para ver o benefício de jogar com ele lá.
Quero o máximo possível a bola nas mãos dele, mas acredito que deve estar na linha de frente, principalmente nos últimos 20 minutos.
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