Parece assustador, mas estas descobertas científicas podem salvar vidas
Cérebros, aranhas, (lobis) lobos e globos oculares viscosos podem parecer acessórios de um filme de terror, mas esses tópicos misteriosos vêm diretamente de pesquisas científicas sérias. Estudos publicados nas revistas ACS estão a explorar formas inovadoras de melhorar a saúde humana, desde o cultivo de tecido cerebral sem testes em animais até à criação de cuidados de feridas a pedido e ao desenvolvimento de revestimentos comestíveis que mantêm os vegetais frescos. Até o olho humano está sob investigação à medida que os cientistas descobrem como os microplásticos podem afetar a nossa visão.
Cultivando minicérebros em laboratório
Em um estudo descrito em Sensores ACSos cientistas cultivaram com sucesso um pequeno “minicérebro” tridimensional em um prato. Ao longo de dois anos, células nervosas humanas cultivadas multiplicaram-se e organizaram-se num organoide funcional capaz de gerar atividade elétrica. Esta descoberta permite aos investigadores explorar como as células cerebrais interagem e comunicam sem utilizar animais em experiências. Avanços futuros poderiam tornar esses organoides ferramentas valiosas para estudar a função cerebral – ou, como os pesquisadores observam em tom de brincadeira, uma possível “opção de almoço cultivado em laboratório para zumbis”.
Luva inspirada em aranha gira curativos para feridas
Em Materiais e interfaces aplicados ACSos cientistas se inspiraram nas aranhas para criar uma luva exclusiva equipada com dispositivos semelhantes a fieiras que liberam fibras poliméricas ultrafinas. A invenção permite que profissionais da área médica girem curativos diretamente sobre as lesões em tempo real. Tal sistema poderia ser especialmente útil em hospitais, arenas esportivas ou ambientes de campo de batalha. E caso alguém esteja se perguntando, esses experimentos não envolveram picadas de aranha radioativa.
O revestimento Wolf Apple mantém os produtos mais frescos
Pesquisadores relatando em ACS Ciência e Tecnologia de Alimentos descobriram que o amido extraído da maçã-lobo – fruta nativa do Brasil e preferida do lobo-guará – pode ser transformado em uma cobertura comestível natural que ajuda a conservar os alimentos. Quando aplicado em minicenouras, o revestimento as manteve brilhantes e frescas por até 15 dias em temperatura ambiente. O material oferece uma maneira segura e econômica de prolongar a vida útil dos produtos, haja ou não lua cheia.
Microplásticos encontrados em retinas humanas
Em Cartas de Ciência e Tecnologia Ambiental da ACSos cientistas examinaram 12 retinas humanas post-mortem (sem necessidade de olho de salamandra) e descobriram partículas microplásticas em cada amostra. Os plásticos variavam em tipo e concentração, revelando o quão difundidos se tornaram – mesmo em tecidos tão delicados. Os investigadores dizem que estas descobertas estabelecem bases importantes para futuras investigações sobre como os microplásticos podem influenciar a visão e a saúde ocular em geral.
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