Famílias lamentam dezenas de mortos durante a ‘maior’ operação contra gangues de traficantes do Rio de Janeiro | Notícias do mundo
Famílias enlutadas lamentam dezenas de pessoas mortas durante uma operação policial letal contra membros de gangues no Rio de Janeiro, dias antes de o Brasil sediar a cúpula do clima COP30.
Autoridades locais dizem cerca de 60 pessoas morreram em um ataque massivo nas extensas favelas do Alemão e da Penha, visando a notória gangue de tráfico de drogas Comando Vermelho.
Cerca de 40 corpos estavam alinhados na rua. Eles foram levados para lá por moradores que foram procurar seus parentes desaparecidos após a operação de terça-feira.
Príncipe Guilherme está entre os dignitários que comparecerão Brasil nos próximos dias, na cimeira global C40 – parte da preparação para COP30 – onde ele distribuirá o 2025 Prêmio Earthshot.
Celebridades, incluindo estrela pop Kylie Minogue e o tetracampeão mundial de Fórmula 1, Sebastian Vettel, também deverão participar.
Cerca de 2.500 policiais e soldados estiveram envolvidos na operação de terça-feira, que deu início a tiroteios, deixou quatro policiais mortos e resultou em mais de 80 prisões.
O governo do estado informou que também foram apreendidos 93 fuzis e mais de meia tonelada de drogas.
A polícia do Rio conduziu frequentemente operações em grande escala contra grupos criminosos antes de grandes eventos na cidade, que acolheu os Jogos Olímpicos de 2016, a cimeira do G20 em 2024 e a cimeira dos BRICS em julho.
Imagens nas redes sociais mostraram fogo e fumaça subindo das duas favelas enquanto soavam tiros.
Escolas e uma universidade próxima nos dois bairros foram fechadas.
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Supostos membros de gangues bloquearam estradas no norte e sudeste do Rio em resposta à operação, informou a mídia local.
Pelo menos 50 ônibus foram requisitados para serem usados nos bloqueios, disse a organização de ônibus da cidade, Rio Onibus.
O governador do estado do Rio, Claudio Castro, elogiou as batidas policiais, chamando-as de a maior operação desse tipo na história da cidade.
Mas o Gabinete dos Direitos Humanos das Nações Unidas disse estar “horrorizado” com a operação policial mortal e lembrou às autoridades as suas obrigações ao abrigo do direito internacional dos direitos humanos.
Emergindo das prisões do Rio, a gangue criminosa Comando Vermelho expandiu seu controle nas favelas nos últimos anos.
O Rio tem sido palco de operações policiais letais há décadas. Em março de 2005, cerca de 29 pessoas foram mortas na Baixada Fluminense, no Rio, enquanto em maio de 2021, 28 foram mortas na favela do Jacarezinho.
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