Por dentro da tentativa de retorno olímpico sem precedentes de Lindsey Vonn
O medo não seria um fator. Como parte da terapia, Gonzalez insistiu que ele e Vonn passassem uma tarde revendo seus piores acidentes, para que ela pudesse libertá-los de seu subconsciente. Vonn disse a ele que este exercício não era necessário. “Sou como um peixinho dourado”, diz ela. “Você tem que ter uma memória de três segundos.” Eles viram as quedas de qualquer maneira: Vonn as quebrou como se fossem partidas rotineiras de futebol. “Ela tem uma capacidade sobre-humana”, diz Gonzalez, “de se dissociar da dor”.
“Faltam alguns circuitos”, diz Vonn, numa avaliação menos clínica. “Adoro o que faço. Adoro ir rápido. Acho que isso nunca vai mudar.”
Em julho de 2024, Vonn acordava às 3h30 todas as manhãs para esquiar em uma geleira na Áustria. “Vê-la lá em cima, praticamente no meio da noite, com o sol nascendo, o sorriso em seu rosto, o olhar em seus olhos, é como, ‘Isso é o que ela quer’”, diz Riml. Na Nova Zelândia, ela treinou super-G com a melhor piloto Kiwi Alice Robinson e quase igualou seus tempos enquanto esquiava de colete e shorts. (Robinson, diz Vonn, estava vestindo um traje de corrida mais aerodinâmico.) Espalhou-se a notícia de que Vonn estava brincando com um retorno. A estrela do esqui norueguesa Aksel Lund Svindal, duas vezes medalhista de ouro olímpico que Vonn recentemente adicionou à sua equipe técnica, mandou uma mensagem para ela sobre seus planos. Vonn geralmente responde a Svindal imediatamente. Desta vez, ela ficou em silêncio. “Eu a descobri”, diz Svindal. “Sim, ela definitivamente está considerando um retorno.”
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